De Jorge Furtado. Tão bom quanto Ilha das Flores

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Não se deve perder.


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Impossível deixar de assistir a esse Mercado de Notícias, que discute o jornalismo brasileiro com depoimentos de figuras referenciais como Janio de Freitas e Mino Carta, ao lado de profissionais que migraram do jornal para a TV, como Geneton Moraes Neto e Renata Lo Prete, e outros nomes importantes.

Partindo desses testemunhos, o filme debate o Brasil e conta a saga do jornalismo em tranformação – era de papel, será da internet. Reforça a idéia de que a notícia é uma commodity indispensável à vida em sociedade, que não vai morrer como o Correio da Manhã, Ultima Hora, Diario de Notícias.

Eis a pauta: o nascimento da notícia, a fonte, o off, o repórter, a edição e a comercialização da notícia, que é feita hoje mais ou menos nos moldes apresentados por Ben Jonson, na peça O Mercado de Notícias, de 1626. Logo depois de Gutemberg as fofocas e os fatos do dia, segundo a comédia do escritor inglês quase tão grande quanto Shakespeare, eram mercadejadas em praça pública e serviam a quem tinha dinheiro para comprá-las.

O filme de Jorge Furtado – autor do premiado documentário Ilha das Flores – nasceu na Casa do Cinema de Porto Alegre, em colaboração com Giba Assis Brasil (montagem). A professora Liziane Kugland é co-roteirista. Ela e Furtado traduziram a peça de Ben Jonson.

Tão bom quanto o filme é o site www.omercadodenotícias.com.br, que oferece na íntegra depoimentos dos dez jornalistas que depõe para as câmeras.

Vale a pena dar uma lida nas matérias do blog da Casa do Cinema de Porta Alegre, e prestar bastante atenção no post de Giba Assis Brasil intitulado “Montagem e Metáforas”. Um trecho: “ Ao ser perguntado como conseguia transformar um bloco de mármore na estátua de um cavalo (ou de um anjo), Michelangelo teria respondido algo como “É fácil. É só tirar do mármore tudo que não for cavalo”.

No filme, Jorge Furtado e Giba Assis Brasil tiram o que não é bom de 20 e tantas horas de depoimentos e oferecem uma escultura veraz e paradoxalmente otimista do jornalismo em crise.

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