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Cresce a oposição à Dilma. Agora é o jornal espanhol El País, em sua versão em português, que engrossa as fileiras antes ocupadas solitariamente pelos tucanos. Na primeira página da edição online há a foto de Dilma com as mãos no rosto e o título “Maracanazo político?”
O título principal garante que “As vaias à Dilma refletem sua baixa aprovação na classe média brasileira”. E explica: “Os insultos da torcida à presidenta no jogo de abertura da Copa do Mundo expõem a fragilidade de seu Governo em São Paulo, o Estado do país onde enfrenta maior oposição.”
Alguém pode observar que Dilma não governa São Paulo. Quem governa São Paulo é Geraldo Alkmin, do PSDB, que dirige a Sabesp e implantou racionamento branco de água. Alkmin é também quem manda no metrô que parou com as greves e é objeto de investigação policial.
A edição em português do El Pais publica longo artigo de Alan Garcia, ex-presidente do Peru, sobre o destino triste reservado aos países que, como Argentina, Brasil e Venezuela, optaram pela democracia social. Um trecho: “seu crescimento em 2014 será de 1,5%, -0,5% e 1,8% respectivamente, e em 2015 ficará em 1%, -1% e 2,7%. Por conseguinte, seus níveis de pobreza e de inflação aumentarão, sua infraestrutura decairá – e as massas brasileiras já denunciam isso –e crescerá seu endividamento público, que nos outros três países diminuiu.”
Os três países elogiados por Garcia são Peru, Colombia e Chile, que teriam adotado medidas fiscais receitadas pelo Fundo Monetário Internacional. Alan Garcia é gente fina. Junto com os ex-presidentes Alberto Fujimori e Fernando Balaunde, é investigado pela morte e desaparecimento forçado de inimigos do regime, que atingiu 69 mil pessoas. As informações estão no relatório da Comissão da Verdade peruana.