As amarelinhas cercam Fruet

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Não vai parar!, gritam as educadoras

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Se for verdade o que diz a Prefeitura, a greve das educadoras vai parar. Dos 199 CMEIs de Curitiba, apenas 16 (8% do total) permaneceram fechados na tarde dequinta-feira. As 1.936 grevistas (no total são 5 mil funcionários) terão que fechar o acampamento em frente da Prefeitura e voltar para seus CMEIs. Lá continuarão cumprindo 40 horas semanais em troca de um salário desse tamanhinho.
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Greve, turno da noite.


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E dai? Dai a vida continua. Haverá epidemias de pediculose e escabiose, invasão de escorpiões, falta dágua. Como de costume. Mães reclamarão que os filhos não foram bem cuidados.

Mas, se for verdade o que diz o Sindicato dos Servidores da Prefeitura, a greve não vai parar. Gustavo Fruet e o governo municipal continuarão cercados pelas amarelinhas, lideradas pelo carro de som da CUT. Os sindicalistas garantem que o movimento é um sucesso e vai continuar porque é garantida pela súmula 316 do Supremo Tribunal Federal.

O Sindicato diz que a Prefeitura não cumpriu o compromisso de corrigir distorções salariais, o pagamento da hora-atividade de 33%, a jornada de trabalho e investimentos na formação do educador.

E os dois lados continuarão ignorando a necessidade de planejar a educação a partir da criança e não a partir dos próprios umbigos. A fila de espera por uma vaga nas creches de Curitiba hoje é de dez mil crianças. Tem que ser atendida, isso é primário. Mas também devem ser atendidas as exigências de qualidade no cuidado e no ensino.

Devíamos estar tratando disso desde 1977, quando foram criadas as quatro primeiras creches municipais em Curitiba, na Vila Camargo, Vila Hauer, Xaxim e Jardim Paranaense.

Os funcionários eram contratados pelo regime da CLT. Só em 1985 houve concurso público para funcionários com atuação nas creches. Nesses 30 anos Curitiba discutiu regime de trabalho, salário, garantias e ignorou as urgências da educação infantil.

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