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Tem que substituir?
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Há uns vinte anos, a imprensa começou a noticiar antecipadamente o resultado de grandes licitações. O jornalista Janio de Freitas usou para isso o truque de publicar os números da proposta vencedora entre os pequenos anúncios classificados.
Escândalo nacional. Descobriram que o baralho estava marcado.
O Congresso indignado aprovou a lei 8.666, que regulou o processo licitatório.
Agora, ante a divulgação de novos escândalos, prepara-se para votar uma nova lei.
A senadora Katia Abreu, autora, diz que a atual tem muitos furos e permite a manipulação de concorrências.
Em sua coluna, Janio de Freitas critica o projeto de lei. Com seus 180 artigos, observa, “expõe tal quantidade de pormenores e pretensas sutilezas que, no final, tende a proporcionar mais atalhos do que bloqueio.”
E conclui, com sabedoria: “Lei de Licitações não precisa de muita complicação. A rigor, bastaria que as licitações só fossem entregues aos cuidados de gente honesta. Mas aí já é pedir demais.”
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Ecocardiograma – US$2229,00
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Vai passear em Orlando? Faça seguro saude e cuidado com a conta médica. A seguradora gosta de alegar doença preexistente.
O NYT conta a história de Deepika Singh, de San Francisco, que caiu e fez um corte no joelho durante um churrasco. Foi para o hospital e em uma hora estava novo, com uns pontos bem feitos pelas enfermeiras.
Veio a conta: US$2.229,00. Uns cinco mil reais, pelo câmbio de hoje.
Antigamente, com esse dinheiro, dava para comprar um joelho novo.
O jornal publica uma tabela de preços do California Pacific Medical Center. Se você precisar de um ecocardiograma, vai pagar US$1791,00, mais US$358,00 para o médico.
Se aquele joelho machucado necessitar uma artroscopia, ai você está ferrado mesmo: US$14.110,00, mais US$2.037,00 para o médico.
Boa viagem e boa sorte.
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Felipão, para eles Big Phil.
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As palavras de Felipão estão na primeira página do New York Times:
-Se for possível, vamos jogar um futebol maravilhoso e vencer a Copa; se não for possível, vamos só vencer a Copa.
A decisão decorre de um diagnóstico: tem que ganhar ou ganhar. Os torcedor fica doente quando a seleção deixa de vencer um simples amistoso. Se perdermos a Copa do Mundo, brasileiros vão morrer.
O centro-avante Fred contou ao NYT que Felipão passou essa informação aos jogadores como forma de motivar o time. Uma carta foi colocada debaixo da porta de cada um na véspera do jogo decisivo da Copa das Confederações.
O estilo literário do nosso treinador é meio barroco, puxado para o parnasiano, com toques de ordem-do-dia. “O sol nos sorri, com seus raios de esperança, e está lá para dizer: vão e cumpram sua missão”. (Desculpem pela tradução apressada.) Na famosa carta há citações inspiradoras, que começam com Martin Luther King e chegam a Walt Disney.
Os jogadores entenderam a mensagem. O resultado positivo ia elevar o sentimento nacional; e uma derrota enterraria a pátria de chuteiras em trágica, irredimível depressão.
O autor da matéria, colunista esportivo Sam Borden, foi meio reducionista ao concluir que povo brasileiro está pouco ligando para os monumentais custos dos estádios ou para as obras superfaturadas da infraestrutura – o que lhe interessa é levantar o caneco. Mas acerta ao dizer que, se o Brasil vencer, Dilma Rousseff terá bem pavimentado o caminho da reeleição. Em 1970, após conquistar o tri, o general Médici atingiu picos de popularidade que desconhecia.
A estratégia de Felipão é construída com ajuda da psicoterapeuta Regina Brandão, professora da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo. Eles trabalham juntos desde 1990 e representam uma tendência mundial de usar a psicoterapia como ferramenta para preparar o time.
Jungen Klinsmann também chamou seu psicólogo para ajudar a montar o time da Alemanha que venceu a Copa de 2006. Agora, ele é treinador da seleção dos Estados Unidos.
Regina Brandão e Scolari estudam as fichas dos jogadores brasileiros e as comparam com os perfis psicológicos dos jogadores das seleções de Portugal e da Arábia Saudita, com quem trabalharam anteriormente.
As perguntas feitas aos craques são tabuladas em fichas com carinhas tristes ou alegres, que representam o sentimento de cada um diante de situações propostas. “Como você se sente quando faz um gol contra?” “Um cartão amarelo?”
As observações da psicóloga indicam que os jogadores portugueses são muito menos sensíveis aos fatores do jogo e também aos extra-jogo. Um brasileiro, ao contrário, pode jogar mal porque o contrato com seu clube está no fim e ele não sabe se vai ser renovado.
PS – O autor desta matéria, Sam Borden, foi indicado um dos cinco melhor colunistas esportivos dos Estados Unidos quando trabalhava no The Journal News, de Westchester. Ganhou o prêmio dos editores de esporte da Associated Press.
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Depois da divulgação dos resultados do Enem de 2012 chegam informações sobre o custo do ensino de qualidade no Brasil. No Colégio São Bento, melhor colocado do Rio de Janeiro, os pais de alunos do 3º ano do ensino médio vão gastar, no ano que vem, R$2.807,00 por mês.
A informação de O Globo vem com algumas explicações. Os colégios top pagam aos professores R$70 por hora de aula, o que dá mais de R$10 mil por mês. Em compensação 70% dos professores têm mestrado. Os alunos estudam em período integral, das 7h30 às 16h30.
Em Curitiba, a escola melhor classificada ficou em 104º lugar na lista do Enem. Em compensação, os números do ensino estão pela metade. Mensalidade em torno de 1000 reais no terceirão, professores recebendo cerca de R$30 por hora de aula, aulas só pela manhã (reforço para alunos problemáticos à tarde).
-E se os preços fossem os do Rio?
-Você ia descobrir que a maior parte dos pais prefere investir em carro do ano.
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Queda e ascensão das grandes potências.
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Estou torcendo para o Marquinhos Santos assumir o Paraná.
E levar o time de volta à primeira divisão.
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Pagar imposto? Nonsense.
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Margareth Thatcher, a campeã do neoliberalismo, não acreditava mesmo em dar dinhero para o governo. Tanto que escondeu boa parte de sua fortuna em uma empresa de fachada.
O testamento da Baronesa Thatcher, conta o Daily Mirror, mostra que ela deixou 4,7 milhões de libras para dividir entre a família.
Mas a mansão de 12 milhões de libras no centro de Londres, onde a Dama de Ferro passou os últimos anos de vida, é propriedade de uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, um notório paraiso fiscal.
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O desespero da mãe que chegou atrasada com a filha no Enem deste ano.
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No dia em que foi divulgado o ranking do Enem, tirando o Globo e o Estadão, os grandes jornais brasileiros preferiram tratar de outros assuntos – como a vitória das brasileiras no concurso de pole dance, em Buenos Aires.
Mas, aqui no Paraná, onde o resultado foi particularmente desastroso, Gazeta do Povo e Folha de Londrina deram manchete.
“Paraná fica sem nenhuma escola entre as 100 melhores do país”. Preocupada com a crise da educação, a Gazeta do Povo usou as seis colunas da primeira página para revelar nosso triste desempenho no Enem 2012.
A Folha de Londrina repete: “Paraná fora da lista das 100 melhores escolas”. A Folha não tem uma editoria de Educação. Não sei se é coincidência, mas há uma chamadinha na capa dizendo: “Faturamento do maiores varejistas somam R$13 bilhões”. (Lá dentro foi corrigido: “Faturamento dos maiores varejistas soma R$13 bilhões. Os grupos paranaenses Boticário, Muffato, Condor, Romera e Nissei estão entre os 120 maiores do País.”)
No Rio, o Globo ficou feliz com o 3º lugar geral do Colégio São Bento e constata: “Escolas privadas do Rio melhoram”.
O Estado de S.Paulo está pessimista com o resultado e diz: “Escola privada piora e baixa a média do Enem”.
A Folha de S. Paulo achou que o assunto não merece tanto destaque. Usou apenas uma coluna da primeira página para informar: “Cai participação da escola pública entre melhores do Enem”.
No Correio Brasiliente o destaque da primeira página são os 20 mil por mês que o Hotel St. Peter está disposto a pagar para José Dirceu. Mas, em tamanho pequeno, aparece o choro: “Lista do Enem é contestada por escolas”.
A Zero Hora, de Porto Alegre, é objetiva: “Consulte o desempenho das escolas gaúchas”.
No Valor Econômico, nada. Educação, na opinião dos editores, não parece estar entre os insumos da economia nacional. O mesmo silêncio está no concorrente Brasil Econômico.
Estado de Minas, na página de educação: “ O Colégio Bernoulli, no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, voltou à liderança e conquistou o primeiro lugar geral no Brasil nas notas do exame de 2012. Em segundo ficou o Colégio Elite Vale do Aço, que manteve a posição do ano anterior. Foram cinco mineiros entre os 10 melhores do país e seis entre os 20 primeiros.”
No Hoje em Dia, uma lamentação: “Desempenho: escolas privadas pioraram mais que públicas no Enem”
O Tempo, jornal onde escreve grande Tostão, reclama: “Mensalidade escolar sobe mais que o dobro da inflação. Desde 2009, reajustes das escolas chegam a 66,8%, enquanto inflação está acumulada em 29,9%”.
Finalmente, a síntese das opiniões sobre a desgraça que é o ensino no Brasil, dada por um professor do Colégio Bernoulli.
-Não basta a escola ser boa. Quem faz a diferença é o aluno interessado.
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Foi sábado, às 16h30.
É responsabilidade. Pense nisso – ser colega do Gustavo Borges, Célio Amaral, Daniel Wolokita, Alexandre Ramos, Cesar Cielo…Só tem fera nessa turma!
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Isso pesa, cara!
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E tem o lado filosófico. O Dennis Rodman, aquele do basquete, diz que a vida é como uma piscina – você mergulha na água mas nunca sabe se ela dá pé.
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Claro, dá pra perguntar se dá pé pra tia Camila.
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Continua a novela: onde José Genoino será autorizado a cumprir sua prisão?
O Globo Online publicou há pouco: “O presidente eleito da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), João Ricardo dos Santos Costa, criticou nesta segunda-feira em Porto Alegre o afastamento do juiz de execuções penais de Brasília, Ademar Vasconcelos, do caso dos condenados no mensalão e disse que a entidade não vai tolerar “atentados contra a liberdade” da Justiça. Santos Costa disse que não há previsão constitucional para a substituição do magistrado de suas funções e ironizou a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa:
– Pelo menos na Constituição que eu tenho aqui em casa não diz que o presidente do Supremo pode trocar juiz, em qualquer momento, num canetaço – disse.”
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/presidente-da-amb-critica-barbosa-por-canetaco-na-substituicao-de-juiz-do-df-10873585#ixzz2lgRYU31n
© 1996 – 2013.
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É bonito, quase uma Disney.
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A maior parte do orçamento vem do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet.
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