Paraná sequestra aposentadoria dos servidores. E os sonegadores vão bem, obrigado
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. O grupo de aposentados da PM pede o fim do desconto inconstitucional. E a falta de reajuste.
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Com a chegada do neoliberalismo ao Brasil chegaram também os profissionais em maldade. Gente formada em escolas de economia ou administração, com pós, mestrado e doutorado na doutrina da austeridade fiscal do Banco Mundial e do FMI.
Corrijo: é “austeridade fiscal”, assim, entre aspas.
A Batalha do Centro Cívico foi produto dessa receita, trazida por Mauro Ricardo Costa – uma espécie de xerife de aluguel, que cuidou do Caixa para o Dória, ACM Neto, Bruno Covas. O objetivo dele é reduzir despesas e aumentar receitas para gerar superávit fiscal – que raramente se transforma em obras, e frequentemente paga compromissos (ou “compromissos”) com o sistema financeiro.
Mauro Ricardo sugeriu e Beto Richa concordou em confiscar 10% de todas as aposentadorias. Isso é inconstitucional, vai contra o princípio do direito adquirido.
Mas o ativismo judicial do STF liberou a contribuição para aposentadorias e pensões acima de R$3.135,00 (três salários mínimos).
O governo do Paraná continua avançando no dinheiro dos funcionários. Por que não vai para cima dos sonegadores? Parece que os governos podem pouco contra os grandes, que contribuem em eleições e têm aliados no executivo e no legislativo.
Na Assembleia Legislativa do Paraná, vário deputados declararam apoio aos policiais militares da reserva remunerada, acampados no Centro Cívico de Curitiba. Eles pedem o fim dos descontos na aposentadoria decorrentes da reforma previdenciária.
Estão cheios de razão porque o governo há anos não lhes dá aumento e às vezes nem sequer correção inflacionária.
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