Literatura Elétrica tem apoio da Amazon, do Estado de Nova York e dos ricos do Upper East Side
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Acabo de descobrir – outros mais felizes descobriram há tempo – o EL, Electric Literature. trata-se de uma editora digital sem fins lucrativos, que deseja “tornar a literatura mais emocionante, relevante e inclusiva”. Veja aqui.
É biscoito fino esse site. De cara, você observa que é composto em Garamond, contrariando o preconceito contra a serifa, cultivado pela Internet e pela publicidade.
O inglês jornalístico, sem pompa, jargão ou literatice.
Publica ensaios, críticas e notícias literárias, além de uma revista semanal: Recommended Reading, com contos e capítulos de romances que considera acima da média. Acaba de lançar uma coluna especialmente interessante, Blunt Instrument, com conselhos da romancista e poeta Elisa Gabbert aos jovens autores.
Como está no título deste post, EL se mantém graças ao apoio da Amazon Literary Partnership, do New York State Council on the Arts, e do National Endowment for the Arts. É o estado cumprindo seu mecenato, mesmo sabendo que há mais mecenas por metro quadrado no Upper East Side do que em qualquer outro lugar do mundo.
Nos EUA, o mecenato dos ricos é facilitado – todas as doações são dedutíveis do IR. Electric Literature monetiza alguns links. Se você clica e faz uma compra, o site recebe comissão, que é destinada a pagar os colaboradores. Mas garante que esse resultado financeiro não tem influência sobre a pauta editorial.
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