Curitiba, a ensolarada
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Você precisa descobrir alguma utilidade para todo esse sol, cara.
Por enquanto ele só deu problemas. Quase secou o Passaúna, transformou o Belém num mingau, nas ruas dos bairros só poeira.
Das 06:08 às 18:07 o astro brilha insano do oriente ao poente.
Então, se tiver um prisma, decomponha as cores numa bandeira vermelho-alaranjado-amarelo-verde-azul-anil-violeta.
E dê uma dica para o Enem: “No Mar Vermelho Alá Amanheceu. Ao ver o Azul do Mar Anunciou a Vida.”
Besunte-se de Australian Gold FPS 30. Pegue um bronze.
Recite Hawthorne: “Moonlight is sculpture; sunlight is painting.”
A luz da lua é escultura; a do sol é pintura.
Energíze-se. Perceba o conforto do mundo fotovoltaico sem conta da Copel que o espera na esquina. De graça você aciona o ar condicionado, aquece a piscina, faz 53 receitas para airfryer – todas práticas, algumas saudáveis.
(Ele vem da China, com mil inversores, strings, correntes e bugalhos. Não toque. Danger.)
Se tanto milagre ultrapassar o entendimento o jeito é apelar ao Rosa:
“Eu quase que nada sei. Mas desconfio de muita coisa.”
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