A “cara de ameixa preta” foi superada
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Só servia para prisão de ventre.
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Quando alguém diz que não gosta de jiló, lembro do case da ameixa preta da Califórnia.
Na metade do século passado havia nos Estados Unidos uma aversão nacional contra a ameixa preta. Era um produto carregado de “limitações psicológicas”, segundo Ernerst Dichter, presidente do instituto de Pesquisa de Motivação.
A ameixa preta não vendia. Era um apenas um laxante secreto, produto reservado a velhas solteironas, cheio de outros significados desagradáveis.
Quando submetidos ao teste de associação de palavras as pessoas falavam isso: “velha solteirona” e “seca”.
A “cara de maracujá de gaveta” do português em inglês é “old prune face”, cara de ameixa preta.
As campanhas para derrubar o preconceito, bancadas pelos produtores da Califórnia, começaram com crianças brincando, correndo alegres em anúncios coloridos. Depois subiram da faixa etária, com adolescentes patinando ou jogando tenis.
No texto frases como: “Ponha asas nos seus pés”, ideia mais tarde usada pelo “Red Bull me dá asas”.
Outro anúncio: “Ameixas ajudam a dar cor ao seu sangue e rubor à sua face”.
A campanha foi tão bem sucedida que a ameixa da Califórnia virou a exceçã0 no mercado agrícola. Mesmo quando outros produtos agrícolas perdiam preço, a ameixa se mantinha firme e forte.
Se houver uma Associação Brasileira do Jiló, deve contratar uma pesquisa.
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