Esse cara entende de petróleo?
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O general Luna e Silva substituiu Roberto Castelo Branco na Petrobrás. Estava combinado que ia mudar a política implantada por Pedro Parente, no governo Temer, de paridade internacional de preços.
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“É importante entender que a Petrobras não tem nem a capacidade nem a legitimidade para controlar os preços de combustíveis praticados no Brasil”.
Quem disse isso foi o próprio general Luna e Silva, presidente da Petrobrás, que devia entender mais do negócio que dirige.
A Petrobrás tem sim, em boa medida, capacidade para controlar o preço do diesel, da gasolina e do gás. Porque o barril de petróleo que chega à refinaria da empresa não é o mesmo que chega à refinaria de um país não produtor. É mais barato. Não atravessou o oceano em um navio-tanque, veio do litoral do estado do Rio. Não foi preciso furar um poço para encontrá-lo. O povo foi perfurado há dez anos, está pago. E grande parte da operação é paga em reais.
É só chamar a turma da contabilidade e mandar calcular o preço real do litro da gasolina. E calcular também o salário justo para um executivo brasileiro – que jamais será o mesmo pago a um executivo norte-americano. Atualmente o general Luna recebe mais de 200 mil reais por mês.
No momento, esse é o mais problema do Brasil – chamar um contador.
Combustível caro, dólar alto, internacionalização da economia só são bons para o Paulo Guedes, que tem dinheiro lá fora.
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P.S. – A Revista Sociedade Militar, uma publicação especializada das Forças Armadas, questiona em artigo do dia 10 “a necessidade e se é realmente ético se pagar um salário tão alto a um funcionário de uma empresa que pertence à sociedade”. “O salário mensal do oficial atualmente equivale ao que é pago pela mão de obra de mais de 230 trabalhadores juntos”, afirma o texto.
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