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Governo e política, crime e segurança, arte, escola, dinheiro e principalmente gente da cidade sem portas

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Enquanto a reforma urbana não vem

invasoes “Meu avô lutou por ela.”

 

-Fora dessa terra!

-Por que?

-Porque é minha!

-E por que é sua?

-Porque herdei de meu pai!

-E por que essa terra era de seu pai?

-Porque ele herdou do pai dele!

-E por que era do pai dele?

-Porque ele lutou por ela!

-E nós vamos lutar por ela com você!

 

(Antes que a luta começasse, o proprietário obteve uma liminar num pedido de reintegração de posse. A polícia cumpriu a ordem judicial. Gastou umas bombas de gás lacrimogênio e um pouco de spray de pimenta.)

Posted on 4th julho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Com Obama é diferente

 

barack Obama X Congresso

 

Imaginem só se a Dilma divulgasse a seguinte declaração:

“Se o Congresso não resolver logo o problema dos estudantes sem passe livre, eu resolvo!”

Dava revolução. PMDB, evangélicos, tucanos etcetera se juntavam para pedir o impeachment da presidente, porque o executivo não tem autoridade para mexer na Constituição, convocar plebiscitos ou referendos. Os jornais publicariam editoriais indignados. (“Basta!“) Os comentaristas de rádio diriam horrores dessa candidata a ditadora.

Pois bem. Em seu site oficial, (http://www.barackobama.com/)o presidente da maior democracia do mundo, Barack Obama, acaba de escrever o seguinte:

“Se o Congresso não agir logo para proteger as futuras gerações, eu vou agir!”

Ele está falando da reforma da lei da imigração, um dos temas mais explosivos no verão americano.

E ninguém reclama que o Poder Executivo dos EUA está ameaçando as prerrogativas do Poder Legislativo.

 

Posted on 4th julho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Eles têm notas boas, mas não entendem o mundo globalizado

treinando Treinees da Copersucar. Ser bom aluno não basta, é preciso compreender o mercado

 

O Brasil sofre com as dores do crescimento. Em outros países, crianças de 8 anos entendem mais de uma língua, sabem que a saida leste do shopping é do lado de lá e já brincaram com o conversor de moedas de seu computador. Além da educação fundamental ser boa, é voltada para um mundo global.

Luis Felipe Schiriak, CFO of Copersucar, maior exportadora brasileira de açucar e etanol, esta mandando um recado aos responsáveis pelo ensino: preparem os jovens para enfrentar o mercado de trabalho, que é internacional. Por mais que estudem, eles saem da faculdade sem condições de assumir cargos nas empresas mundializadas.

O Brasil sofre com a falta de talentos. Hoje há uma grande competição por gente de talento. Ate 10 anos atrás, a maior parte das empresas lutava para sobreviver e não prestava muita atenção ao desenvolvimento, educação e treinamento. Hoje aparecem aqui jovens bem preparados mas sem experiência. O gerenciamento superior tem que usar um bom pedaço de seu tempo para supervisionar e treinar esses jovens – tempo que, em outros países, é dedicado ao cliente.”

A entrevista está na página do HSBC.

Posted on 2nd julho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Proposta 2: partidos políticos capazes de atrair os jovens; ou tchau democracia representativa

mani

 

 

Eeeeeh, o campeão voltou! Com brilho. A Copa das Confederações é nossa. Sua benção, Nelson Rodrigues, voltamos a ser a pátria de chuteiras. Ante tanta alegria, os protestos e ocupações parecem fazer menos sentido. Ouçam o discurso dos cartolas: vamos usar a energia do Maracanã para ganhar a Copa do Mundo daqui a um ano. E, se sobrar dinheiro, para ajudar a melhorar a saúde, a educação, a segurança.

As manifestações ficaram parecidas com o movimento Occupy Wall Street. Provaram que é possível, sem lideranças, só com hubs, mobilizar milhares de pessoas em centenas de cidades. Mas uma boa avaliação mostra que, além da redução das passagens de ônibus, não aconteceu muita coisa. Todo o movimento, aquela agitação, era parte de uma grande catarse.

Esta ideia está exposta no livro “The End of Power”, O Fim do Poder , de Moses Naim, um liberal da turma do Fernando Henrique Cardoso. Uma boa resenha está em  http://online.wsj.com/article/SB10001424127887324735304578356461358982422.html. Ele descreve a realidade de um mundo com fronteiras cada vez mais tênues e instituições cada vez mais fracas. E defende a modernização e o fortalecimento dos governos para resolver os problemas das sociedades.

Que os governos estão enfraquecidos ninguém duvida. Nos Estados Unidos, apesar dos bilhões gastos em segurança das fronteiras, 500.000 pessoas imigram clandestinamente todo ano. A polícia de fronteira é um fracasso reconhecido pelo Congresso, que acaba de aprovar nova lei para legalizar os imigrantes ilegais. O Brasil tem ainda menos controle sobre a imigração. Fabriquetas de roupas instaladas em porões do Bom Retiro e do Braz estão lotadas de bolivianos clandestinos, que trabalham em condições sub-humanas.

Organizações criminosas internacionais movimentam anualmente uma quantidade de drogas e de armas dez vezes maior do que há uma década. O dinheiro do tráfico e do contrabando é lavado com a cumplicidade do sistema financeiro, esse polvo de cem cabeças.

Para tornar mais fácil sua atividade, essas organizações subornam deputados, juízes e ministros. Como as leis são difíceis de aplicar, e a justiça é lenta, raramente alguém é punido.

Naim defende que a situação só mudará se os governos recuperarem a capacidade de governar. Tornarem-se eficientes. Hoje, estima-se que um terço do dinheiro destinado à educação e à saúde pública fica perdido no labirinto da máquina pública. Culpa da soberba de burocratas empedernidos e da corrupção. Como primeira providencia propõe a maior participação dos jovens na política. Numa de suas palestras, revelou o que acontece quando um grupo de universitários é convidado a ingressar num partido político americano – no Democrático ou no Republicano, tanto faz. A sala se esvazia. É diferente quando propõe a adesão a uma ONG que atua na Malásia para defender a vida selvagem. Forma-se fila para participar.

Por que falta interesse pelos partidos políticos? O professor Augusto de Franco (http://escoladerede.net) explica: eles ficaram muito parecidos com o governo. São estruturas verticalizadas, herméticas, sem democracia interna, que espelham a organização governamental. Contrastam com a liberdade aparentemente anárquica das ocupações.

Agora, os partidos “ouviram a voz das ruas”. Prometem se tornar atraentes, abertos e inspiradores de ideias.  Se conseguirem, voltarão a cumprir sua missão de mediar as relações entre governo e sociedade. Se não conseguirem, tchau democracia representativa.

 

 

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Posted on 1st julho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Proposta: fim do voto obrigatório, do curral eleitoral e da distribuição de dentaduras

vote Poucos paises mantém o voto obrigatório. A maioria está na America Latina.

 

As ruas estão dizendo que nosso modelo de democracia representativa fracassou. 99% das pessoas de bem concordam com isso. Repare como os grandes crimes contra o patrimônio público começam em alguma câmara de vereadores, assembleia legislativa ou numa das casas do Congresso Nacional.

Legisladores brasileiros parecem mais com bandidos do que com representantes dos eleitores. O ministro Joaquim Barbosa acaba de sugerir a criação do recall, uma ferramente eleitoral bacana, que permite ao eleitor deseleger o representante infiel. Mas, quem votará o projeto instituindo o recall? Os representantes infiéis.

Andei lendo editoriais e sessões de cartas dos jornais e notei que a maioria das opiniões converge para esse ponto – se não melhorar a representação popular, o Brasil continuará sendo um dos países mais corruptos do mundo.

Todos concordam que é quase impossível melhorar a política sem mudar o sistema eleitoral. Entre as melhorias – criação da cláusula de barreira, voto distrital etc – a mais fácil de implementar é o fim do voto obrigatório.

Ninguém é obrigado a votar em eleições dos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália. Mas vota. A democracia deles funciona. A nossa não.

Os brasileiros têm manifestado apoio ao voto facultativo (algo em torno de 70%). A Ordem dos Advogados do Brasil apoia a ideia, junto com outras entidades.

Uma pesquisa feita com 300 juízes pela Associação dos Magistrados Brasileiros, divulgada no 15/11/2006 revelou que 72% deles eram a favor do voto facultativo (Revista Consultor Jurídico de 19/11/2006).

O voto facultativo é uma espécie de antibiótico de amplo espectro que combate a bactéria da corrupção. Impede malandragens eleitorais. Torna as campanhas mais democráticas. Nunca mais um voto será trocado por uma dentadura.

 

Posted on 29th junho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Precisa mesmo?

 

multas Mais fiscais, mais receita

 

O Gustavo Fruet está pedindo a contratação de mais mil fiscais de transito.

Preparem os bolsos, curitibanos!

Posted on 25th junho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Super “caseiro”

o cara Esse é o nosso cara

 

Numa competição em que o Brasil é beneficiado por atuações de juízes “caseiros”, é natural a escolha do chileno Enrique Osses para apitar a semifinal de amanhã, em Belo Horizonte, entre Brasil e Uruguai.

Ninguém é mais caseiro do que esse cara.

Em fevereiro, apitando Nacional de Montevideu e Barcelona de Guaiaquil, Osses esqueceu de expulsar o zagueiro Uruguaio Alejandro Lembo, que recebeu o segundo cartão amarelo. Só quatro minutos depois sucumbiu aos reclamos do bandeirinha, que lembrava a regra, e mandou Lembo sair de campo.

Osses começou a carreira tentando construir uma imagem de duro. No primeiro ano expulsou 21 jogadores em 16 partidas oficiais. Em uma delas, o goleiro Ignacio González, do Unión Española, levou o segundo cartão amarelo e mandou o árbitro a nocaute com um soco. O arqueiro foi punido por 50 partidas.

 

Posted on 25th junho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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O Brasil, na Seção de Cartas

 

escreve Prezado senhor editor:

 

Estou acompanhando a crise pelos comentários de leitores dos jornais estrangeiros.

 

Diz Maria Martin, leitora de El Pais.

O paulistano paga a passagem de ônibus mais cara do mundo em relação a seu salário, segundo cálculo dos economistas da Fundação Getúlio Vargas para o jornal Folha de S. Paulo. Enquanto em Madri o viajante tem que trabalhar 6,52 minutos para pagar sua passagem, o paulistano deve investir quase 14 minutos.

 

Diz Uziel, no New York Times

De volta ao Brasil depois de 30 anos, visitei minha mãe em São Gonçalo, Minas Gerais. Lá encontrei um antigo colega de escola que entrou na política e, naturalmente, ficou rico. Durante a conversa regada a muita cerveja, perguntei por que ele decidiu ir para a política. A resposta sincera foi aquela de Willy Sutton: “É lá que está o dinheiro.”

Desde 1889, o Brasil vem sendo dirigido por uma cleptocracia formadas por famílias ricas, com um sistema judicial montado para garantir a impunidade dos ricos. Muitos imaginaram que isso podia mudar quando o Partido dos Trabalhadores, PT, liderado pelo ex-presidente Lula, ganhou o poder em 2003. Pela primeira vez, um partido com pessoas de origem humilde alcal

nçava o poder. Entretanto, o PT adaptou-se rapidamente ao status quo da velha cleptocracia. Nem um único político corrupto cumpriu pena na prisão na história do Brasil.

O sistema politico explica porque jovens estão indo para as ruas. Os brasileiros pagam mais impostos do que os norte-americanos (37% do Produto Interno Bruto contra 27% nos EUA). Em troca, recebem do Estado transporte public, saude, educação e segurança padrão Somália.

Promover a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 foi uma jogada da qual o ex-presidente Lula pode se arrepender. Em vez de exibir os sucessos da economia brasileira, os eventos mostrarão a fraqueza do sistema político, enterrado em corrupção e incapaz de modernizar a economia e melhorar as condições de vida e a segurança da população.

 

Diz Palmesan, no Guardian

O povo gosta de imaginar que esporte é só esporte, mas nacional e internacionalmente esporte é um braço do big business.  O gasto com estádios em diferentes países para alojar todos os tipos de “Jogos” e “Copas” é obsceno. Esses eventos – incluindo as Olimpiadas – só são bons para o grande negócio e para os pequenos políticos que pegam as sobras.

Seria bem mais honesto se em vez de seleções nacionais, os times fossem batizados com os nomes dos patrocinadores (e assim a gente teria a seleção da Nike contra a equipe da Adidas em todos os esportes).

O certo é construir os estádios num único local – a Grecia por exemplo parece um cenário adequado para os Jogos Olímpicos – e determinar que as despesas de manutenção fiquem por conta dos patrocinadores. ,

 

Posted on 19th junho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet