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Natal no Edifício Avenida

dsçbst Fez um friozinho mas não choveu.

 

Foi um espetáculo bonito – mas não foi de graça.

A agência de viagem cobrou 80 reais por um lugar na janela, o estacionamento subiu para 15 e a pipoca ficou por 8.

Em compensação, a música pré-gravada do ano passado foi substituida por uma orquestra de verdade.

Guardas municipais passearem pela Avenida na esperança vã de espantar os batedores de carteira.

Dia 1º tem mais.

 

Posted on 1st dezembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet
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Um lindo sábado de sol – e Bia vai casar

No sábado de sol, a noiva Como o anjo do soneto

 

Bia ganhou o sábado, que ia passar enfiada no Hotel Slaviero.

Foi para a rua, subiu no banco de praça, ficou altíssima – e melhorou a sessão de fotografias que estava devagar. Ainda por cima ganhou um baita elogio da prima assistente.

-Você está muito linda, Bia.

Uma senhora passava e confirmou:

-Muito linda mesmo. Felicidades eternas para vocês.

Eternas como no soneto 116 de Shakespeare.

 

Let me not to the marriage of true minds

Admit impediments: love is not love

Which alters when it alteration finds,

Or bends with the remover to remove.

O, no! it is an ever fixed mark

That looks on tempests and is never shaken;

It is the star to every wandering bark,

Whose worth’s unknown, although his height be taken.

Love’s not Times’s fool, though rosy lips and cheeks

Within his bending sickle’s compass come;

Love alters not with his brief hours and weeks,

Bet bears it out even to the edge of doom.

If this be error and upon me proved,

I never writ, nor no man ever loved.

 

Ou, na tradução de Jorge Wanderley:

 

Ao casamento de almas verdadeiras

Não haja oposição. Não é amor

O que muda à mudança mais ligeira

Ou, desertando, cede ao desertor.

Oh, não, que o amor é marca muito firme

E nem a tempestade o desbarata;

É estrela para a nau, que o rumo afirme,

Valor ignoto – mas na altura, exata.

Não é do Tempo mera extravagância,

Amor, embora a foice roube o riso

À face e ao lábio rosa; na constância,

Resiste até o Dia do Juízo.

Se há erro nisto e assim me for provado,

Nunca escrevi, ninguém terá amado.

 

 

 

 

Posted on 26th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet
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Um conselho do filósofo para os males da cidade engarrafada e insegura: volte a ser famosa

 

 

 

A condição de ser feliz Euripedes nunca se meteu em política. Mas tinha uma receita de felicidade

 

A primeira condição para ser feliz é ter nascido em uma cidade famosa.

                                                                                  (Eurípides, no ano 415 antes de Cristo.)

 

Em 1970, Curitiba ficou famosa.

Jaime Lerner assumiu a Prefeitura com o Plano Diretor debaixo do braço e transformou a cidade em modelo de boas soluções urbanas.

Não era só o Plano. Ele chegou com a equipe pronta, afinada e maturada ao longo de anos na Escola de Arquitetura da UFPR e no IPPUC.

Leu o discurso de posse e no dia seguinte já estava governando.

Ganhamos todos.

Agora, 42 anos depois, atual prefeito fez campanha pedindo reeleição porque “Curitiba é um canteiro de obras.”

Não foi nem para o segundo turno. O eleitor negou a Luciano Ducci um novo mandato porque se sentiu em um canteiro de obras mal planejadas e pessimamente administradas.

Então elegeu Fruet como que dizendo: vá lá, termine as obras e organize a coisa.

É o que se lê nas pesquisas. O cidadão votou preocupado com a cidade outrora famosa. Com postos de saúde que funcionam mal, com engarrafamentos, com a falta de creches, com o trânsito assassino.

É um mandato claro e simples, para cumprir com urgência, lembrando que governar é pegar no leme e dirigir a embarcação. E que navegação é coisa complicada, em sentido lato ou figurado. Há ventos ariscos, tempestades chegam quando menos se espera.

Se o capitão do navio convocar uma reunião com os marinheiros para decidir se recolhe as velas ou muda de rumo, afundará antes do consenso.

Vale a pena insistir nesse ponto: Jaime Lerner fez um grande governo em 70 porque pegou no leme, que em latim é gubernaculum, e executou o plano que trazia pronto.

Daí, é estranho que o Gustavo Fruet não tenha escalado seus auxiliares logo após a eleição. Não era difícil, os nomes estavam na boca do povo que nem os da seleção de 70. Ninguém reclamaria da escolha.

Agora complicou. As semanas passaram e é espantoso como se multiplicou o número de vencedores/credores – grupos políticos, organizações variadas, pessoas físicas. Junto, multiplicaram-se as listas de pretendentes.

Mesmo que os nomes saiam hoje, registre-se que o prefeito eleito perdeu tempo negociando nomes quando podia preparar ações para o primeiro dia de governo.

As urnas ofereceram um único conselho ao novo prefeito. Disseram: Vai, Gustavo, toque o barco.

Se alguém reclamar o mau jeito, lembre que o serviço é pra ontem. E que governar não é uma ciência exata.

 

 

 

Posted on 26th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet
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Feriadão em SC. O medo anda de moto

Colombo aceita pedir ajuda federal Colombo na TV: se necessáriopedirá ajuda federal para enfrentar onda de violência. (Foto do Diario Catarinense)

 

Está no Diário Catarinense: o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, foi à TV na hora do almoço e garantiu que a situação está sob controle, mas se for necessário pede tropa federal para ajudar a enfrentar os ataques criminosos. Em Itajai, duas horas antes, um ônibus foi incendiado por dois bandidos que estavam de moto.

Sobre o feriadão, Colombo garantiu que existe reforço especial para os eventos programados para o final de semana prolongado. E repetiu o discurso: a segurança é uma área prioritária e os serviços de inteligência estão trabalhando para resolver a situação.

BR-101 TRAVADA

O congestionamento no Morro dos Cavalos, em Palhoça na Grande Florianópolis aumentou devido a um acidente na região. Segundo a PRF a fila chega a 15 km na BR-101 no sentido Sul. O acidente aconteceu no Km 236 por volta do meio dia. Até então a fila tinha cerca de 4 km. A pista foi teve que ser fechada para atendimento das vítimas, que estavam presas nas ferragens.

Entre Tubarão e Laguna a fila continua com cerca de 25 km no sentido Norte, também na BR-101.

Garuva também tem congestionamento. A BR-101 apresenta 5 km de fila na região, devido a obras no local.

Posted on 15th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet
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O general adúltero, o Rei David e a Sindrome de Betsabá

 

 

A amante do general Começou com a biografia, terminou em tórrido affair.

 

O general David Petraus está revivendo nas manchetes o fracasso ético dos líderes de sucesso. Vitorioso no Iraque, comandante poderoso no Afganistão, elevado a chefe geral da CIA, não resistiu às tentações da carne e caiu na gandaia com sua biografa Paula Broadwell.

Por favor, olhe a foto e entenda a motivação do crime: quem resiste àqueles tríceps sensuais?

É a Sindrome de Betsabá, que lembra a fraqueza do Rei Davi. Depois de vencer todos os inimigos, o Rei de Israel caiu na orgia e se apaixonou pela irresistível Betsabá.

Para ter exclusividade naquele mulherão, mandou o marido dela, o soldado Uriah, para uma batalha perdida. Uriah foi morto. Está tudo no filme David e Betsabá, realizado por Henry King em 1951. Gregory Peck interpreta David, Susan Hayward é Betsabá, a mulher fatal. O DVD está no Blockbuster, disponível para o fim de semana.

O filme não é assistido nas academias militares dos Estados Unidos, mas os alunos recebem conselhos de um livro intitulado “Sindrome de Betsabá: o fracasso ético dos líderes bem sucedidos”, como conta o New York Times em http://www.nytimes.com/2012/11/13/us/petraeuss-resignation-highlights-concern-over-military-officers-ethics.html?hpw

O livro ensina que a galinhagem dos chefões é um problema internacional. Quanto mais poderoso o líder, menos comprometido ele se sente com os códigos morais da sociedade. No Brasil são lembrados com destaque os escândalos da Casa da Dinda, que botou abaixo o governo Collor. Mas estão longe de ser os únicos que merecem ser filmados.

A questão não é o político apaixonado pela secretária ou pela mulher do aspone. É o político que leva a namorada para hotéis de luxo em Paris, Roma ou Nova York e dá a ela presentes caros com o dinheiro do contribuinte.

Ou o político que arma um esquema de contas-fantasma para manter namoradas em apartamentos decorados com fino gosto, com adegas que fazem inveja ao Ritz de Paris. Ou levar namorados para férias em hot spots da Cote d’Azur.

Ultimamente, caíram em tentação uma série de chefes militares americanos.

O general William Ward, do Exército, conhecido como Kip, foi o primeiro militar designado para o novo Comando da Africa. Está sendo investigado pelo desvio de dezenas de milhares de dólares para viagens e hospedagem em hotéis 5 estrelas.

O brigadeiro general Jeffrey A. Sinclair, era sub-comandante da 82a Divisão Aerotransportada no Afeganistão. Está enfrentando um grande juri que vai decidir se ele deve ser julgado por adulterio, orgias e possível sodomia com cinco mulheres.

James H. Johnson III, antigo comandante da 173a Brigada Aérea, foi expulso do Força, multado e rebaixado de coronel para tenente-coronel depois de ser preso por bigamia e fraudes beneficiando sua própria família.

O Força Aérea Americana luta para se recuperar do escândalo no centro de treinamento da base aérea de Lackland, no Texas. Ali, seis instrutores foram acusados por crimes que incluem estupro e adultério com lindas recrutas.

Na Marinha, o contra-almirante Charles M. Gaouette caiu do comando da base de porta-aviões de Stenin. O motivo oficial é “avaliação imprópria”. Sem mais detalhes.

O adjetivo impróprio tem uma força em inglês que não veio para o português. O general John R. Allen está sob investigação após trocar 20 mil folhas de email de”conteúdo impróprio” com Jill Kelley, aquela senhora de Tampa que começou toda a confusão com uma denúncia contra Paula Broadwell, a amante do general Petraeus.

Posted on 14th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet
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Epidemia de violência? É aqui mesmo

Sociologo Claudio Beato Beato: “O problema da polícia começa no art. 144 da Constituição de 1988.”

 

Para quem está assustado com o noticiário sobre a onda de homicídios em São Paulo, alguns números são importantes. Os homicídios cresceram brutalmente entre 1998 e 2008 em várias capitais brasileiras. Sabe quais? Salvador ( +308,3 %), Curitiba ( +139,2%) e Belém (+103,7%). Em São Paulo houve redução de -69,8%.

 

Nós é que vamos mal.

 

Ontem à noite, no Roda Viva, da TV Cultura, o sociólogo Claudio Beato, um especialista internacional em estudos da violência, lembrou que o Brasil precisa agir contra a onda criminosa em várias frentes. A principal é o Congresso, responsável pela aprovação do art 144 da Constituição Federal, que trata da segurança pública.

 

Enquanto o Congresso não agir, defende Beato, a segurança pública continuará engessada pelo dispositivo constitucional. Ele dá autonomia a cada uma das polícias civil e militar. E para que funcionem, elas necessitam de comando unificado.

 

Outra tarefa do Congresso é mergulhar de cabeça da reforma dos códigos penal e de processo. Para mandar depressa para a prisão quem merece estar lá e tirar de dentro das penitenciárias autores de crimes menores que podem cumprir pena prestando serviços comunitários.

 

Beato defende uma gestão mais competente para a área de segurança, até para economizar recursos. A polícia tem que concentrar esforços nas áreas perigosas (hot spots), nos horários em que os crimes são mais frequentes. Exemplo? A maior parte dos crimes ocorre nas noites de sexta e sábado – mas o horário de trabalho da maioria dos policiais é das 9h às 18h.

 

Advoga transparência absoluta para as questões de violência e segurança. “Se estivessemos diante de uma epidemia de cólera, o Secretário de Saúde correria para a TV fornecer dados, responder perguntas. Se a epidemia for de violência essa obrigação é do Secretário de Segurança,”

Posted on 13th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet