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O caso Cabrito (Não há nada tão real como o jornalismo ficcional)

Germano Farid Germano Filho

 

Está no Comunique-se

 

“Barriga” de jornalista no Twitter vira caso de polícia

 

Renata Cardarelli

 

Na manhã dessa terça-feira, 5, o perfil do Twitter mantido pelo jornalista Farid Germano Filho, da Rede Pampa, publicou que o Grêmio tinha contratado o jogador argentino Enrico Cabrito. Horas depois, sites informaram que o atleta não existe, sendo “criado” por internautas, e comentaram a “barriga”. Ao Comunique-se, o jornalista afirma, entretanto, que sua página na rede social foi invadida e que vai procurar as autoridades para registrar boletim de ocorrência.

 

Farid Germano Filho contratou profissional de TI para saber quem invadiu sua conta (Imagem: Divulgação)

Germano Filho conta que estava em casa quando recebeu uma ligação que o questionava sobre quem era o suposto atleta argentino. Negando conhecê-lo, o jornalista foi informado que a notícia da contratação pelo Grêmio estava em seu microblog. “Foi um spam. Imediatamente, coloquei uma nota e troquei a senha. Desconfio que deixei meu Twitter aberto em algum lugar. Foi uma maldade muito grande e deu toda essa repercussão”.

Sem ter ideia de quem possa ter invadido sua conta, o jornalista contratou um profissional especializado em tecnologia da informação para fazer uma investigação e tentar localizar o suposto invasor. A repercussão e as “mais duras ofensas” que Germano Filho tem recebido fazem com que ele repense sua presença na rede social. “Respeito essas mídias, mas passo a fazer um alerta: as pessoas se transformam, se tornam poderosas atrás do Twitter ou do Facebook. Há de se pensar como esses crimes devem ser tratados”.

Jornalista há mais de duas décadas, o funcionário da Rede Pampa enaltece o trabalho da imprensa esportiva gaúcha e descarta a pretensão da mídia em fazer chacota neste caso. “Assistindo colegas de profissão, alguns – dois ou três – têm levado para o lado da piada, do deboche e do despreparo da imprensa esportiva gaúcha. Não concordo com isso, é uma das melhores imprensas do Brasil, uma das mais corretíssimas”. Ele também comenta a “barriga” do comentarista da RBS, Paulo Brito, que anunciou a contratação de Enrico Cabrito na TV. “Nenhuma empresa quis fazer chacota. Conheço o Paulo, ele não faria isso”.

 

Paulo Brito quis brincar com nome “Cabrito”, fazendo alusão às brincadeiras com seu sobrenome (Imagem: Reprodução/RBS)

Tentação
Narrador e comentarista do ‘Jornal do Almoço’, da RBS, Brito admite que quis fazer uma brincadeira devido ao sobrenome do jogador fictício – que faz alusão ao seu. Ele assume que faltou apurar a informação e garante que o erro não se repetirá. “Caí na tentação, depois de 25 anos de profissão”, afirma, ao ressaltar que sempre deu informações certeiras. Nesta quarta-feira, 6, Brito explica o caso para os telespectadores do noticiário da afiliada da Globo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Brincadeira
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e na grande imprensa nessa terça-feira, 5. Porém, essa não era a intenção do estudante de jornalismo Fabiano Estrela ao dar vida a Enrico Cabrito no Twitter e comentar a sua contratação pelo tricolor gaúcho com seu amigo Enrico Lazzaronni. “A brincadeira era interna, jamais foi feita propositalmente para prejudicar quem quer que seja”, escreveu o universitário em sua página no microblog. Ele ainda relatou que a situação foi “engraçada”.

Posted on 8th fevereiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Para ampliar o vocabulário

Les Miserables Não há nada como uma letra bonita para aprender novas palavras.

 

 

Para aumentar o vocabulário da turma do Inter – ainda instalado no 10º andar do Ed. Garcez – a professora Jô Fuchs colocava um disco de vinil, 78 rpm, na pick-up.

               

                Blue moon

                You saw me standing alone

                Without a dream in my heart

                Without a love of my one.

 

O ano era 1952 e logo assistiriamos ao filme With a Song in my Heart (Meu Coração Canta, diretor Walter Lang) com Susan Hayward no papel da Jane Froman. Mas a voz é de Froman. Confira em http://www.youtube.com/watch?v=gpt73y1BZeU.

Agora, em 2013, a professora manda entrar no youtube para aprender a letra de Do You Hear the People Sing e assistir a Les Miserables em seu computador. A versão completa da peça que vai ganhar pelo menos um Oscar está em http://www.youtube.com/watch?v=BMmF9el0S7k

Duas horas e meia, mas vale a pena. A letra vai ficar no seu ouvido pelos próximos anos.

O filme, que é candidatíssimo ao Oscar, dura um pouco mais.

 

Posted on 5th fevereiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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A crase não foi feita para humilhar ninguém

alugue Para consultar o Telegramática ligue para 3218-2425.  É grátis.

 

 

 

Quem defende os maus craseadores e garante que a crase (ao contrário da concordância verbal, por exemplo) não foi feita para humilhar ninguém é o poeta Ferreira Gullar. E diz ainda:

 

Maria, mãe do Divino Cordeiro, craseava mal, e o Divino Cordeiro, mesmo, não era o que se pode chamar um bamba na crase.

 

Zaratusta, que tudo aprendeu com os animais do bosque, veio aprender crase numa universidade da Basiléia.

 

Quem tem frase de vidro não atira crase na frase do vizinho.

 

Frase torcida, crase escondida.

 

Antes um abscesso no dente do que uma crase na consciência.

 

Uns craseiam, outros ganham fama.

 

Os campeões da crase quando erram ditam leis.

 

Os ditadores não sabem que em frases como a bala ou à bala, é indiferente crasear ou não.

 

Posted on 5th fevereiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Chame o Jorge

Wilhelm, Jorge Wilheim: metrô tem que ser prioridade.

 

Dei um off na TV e senti dupla alegria.

Primeiro, porque consegui desligar a máquina antes que ela me desligue.

Segundo, porque assisti à entreviste de Jorge Wilheim no Roda Viva.  Quem perdeu, pode procurá-la no site da TV Cultura. Vale a pena.

É um banho de sabedoria e bom senso. Ele reafirmou, por exemplo, que as grandes cidades não vivem sem metrô. Os piores prefeitos que São Paulo teve nas últimas décadas foram os que abandonaram o metrô por obras eleitoreiras. Em consequência da demagogia de gente como o Maluf, São Paulo tem só 60 quilômetros de metrô. A Cidade do México, que começou o dela no mesmo ano de 1968, ostenta uma rede de 200 quilômetros.

Mais adiante Wilheim defendeu que as calçadas são obrigação da Prefeitura. A ideia de que o proprietário é responsável pela calçada que passa em frente de sua casa pertence à pré-história. Ao tempo da lama no sapato. Calçada é um corredor de transporte. Como a ciclovia. Como a pista do expresso. Como os canais de Veneza (se Curitiba tivesse alguns, a prefeitura tinha que dragar os canais).

Há gente feliz cujo escritório está a menos de dois quilômetros de casa. Mas só vai chegar bem, sem sofrer quedas, nem torcer o pé, se a calçada for plana, uniforme, estável, não escorregadia. Isso é, se a prefeitura contratar a construção de grandes extensões de calçada ao mesmo tempo em que contrata a pavimentação da rua. Se necessário, cobrará o custo do proprietário, através do IPTU. A calçada lisa e segura valorizou o imóvel dele.

Wilheim, que deu bela contribuição ao plano diretor de Curitiba, defende fiação enterrada. Organizadamente.  Isso significa a construção de dutos subterrâneos, para levar energia, gás, água, esgoto, fibra ótica. Quem paga o duto? O município e também as concessionárias de telefone, TV a cabo, energia, água e esgoto.

Tudo isso exige, entretanto, um investimento inicial. A Prefeitura tem que ter caixa para bancar as obras. E não é ilhado em seu gabinete ou visitando a Câmara para reclamar das dívidas do antecessor que o Gustavo Fruet vai arranjar dinheiro.

Seus eleitores esperam que ele corra a Brasília e cobre do governo federal o apoio prometido. O dinheiro virá. Basta falar claro: Presidenta, preciso começar o trabalho agora. Ou não dá tempo. Se a Prefeitura funcionar serei, daqui a dois anos, o grande cabo eleitoral da Gleise Hoffman. Se eu ficar sem dinheiro federal, o PT vai levar mais uma surra no Paraná.

Está aceitando sugestões, Gustavo? Chame o Jorge Wilheim para ajudar. Ele conhece a cidade, é amigo de seu aliado Jaime Lerner, tem um poder de convencimento fantástico para dialogar com os políticos, com o mercado imobiliário, e principalmente com os investidores internacionais que sonham com um lugar bem administrado, como Curitiba já foi.

 

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O Barigui é lindo?


Dia de sol, 18h30. O parque é maravilhoso.

 

Lindo para os olhos.

Feio para os narizes.

Todo santo dia chegam mais 7 toneladas de matéria orgânica para assorear o lago.

Matéria orgânica é o nome delicado que se dá aos dejetos – cocô, cachorro morto, pneu usado –  jogados diretamente nos rios Uvu e Cachoeira, que formam o Barigui.

A região oeste tem uma rede de esgoto muito precária e merece

mais investimentos da Sanepar, que anunciou novo aumento da tarifa.

Posted on 1st fevereiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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DISCURSO À GALERA – (“Façam tudo que têm que fazer para poder fazer tudo que querem fazer”)

quarte Você é poderoso, cara – Seu pai NUNCA viu um quark

 

Milhares de estudantes amanhã terminam as férias e voltam a discutir se ser CDF é coisa de otário e se nerd entra no ceu.

Será mau para eles ouvir de novo o discursinho do ano passado, que o professor teve preguiça de mudar.

E será doloroso vê-lo entregar, caladíssimo, um teste simulado a cada um e estamos conversados.

Mas o mundo se iluminará se o prof inventar um jeito novo de amenizar o Primeiro Dia.

Pode começar com uma boa notícia: Galera, o que vem ai é moleza. Vocês não terão que deduzir logarítimos como seus avós, nem lidar com a calculadora do Fred Flintstone como os pais.

Nem consultar um livrão com as tabelas periódicas, que estarão impressas na primeira página das provas dos simulados e do vestibular. Quando quiserem, haverá explicações adicionais claríssimas no Youtube. Seus pais se ferravam para entender.

Por sinal, o pai também não tinha acesso ao google, ao twitter, ao facebook, ao computador de banda larga.

Novos tempos, melhores tempos. Seu irmão bem mais velho vai lembrar que não havia há dez anos coisas indispensáveis como o ipad, ipod, iphone, wireless 4G, Linkedin, Skype.

Nem, muito menos, ele sabia que um mundo de partículas subatômicas – quarks, léptos, hádrons e bósons – representam hoje a última fronteira do conhecimento dos físicos. Nem que essa não é realmente a última fronteira.

Por isso, galera, deem graças a Deus por ter a Universidade tão perto – antes que todas essas novidades (algumas com mais de meio século)  sejam incluídas no vestibular.

Reforçando a dica para terminar: façam tudo que vocês têm que fazer para poder fazer tudo que vocês querem fazer.

(A dica é do James Farmer, líder do movimento pelos direitos civis dos norte-americanos, que foi interpretado por Denzel Wittaker, no filme O Grande Desafio, de 2007. Filmaço.)

Posted on 30th janeiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Obama não é tudo isso que a gente pensava

 

obama Dia 22 de janeiro de 2009: Barack Obama, o presidente americano assina o decreto que ordena o fechamento do centro de detenção de Guantánamo e proíbe os abusos durante interrogatórios, exigindo respeito à Convenção de Genebra: “O centro de detenção de Guantánamo objeto desta ordem será fechado o mais rápido possível e, no mais tardar, no prazo de um ano a partir da data da ordem”, diz um rascunho da ordem executiva, divulgado anteriormente no site da associação American Civil Liberties Union (ACLU).

 

Minha admiração por Barack Obama era quase ilimitada.

Não é mais.

Ele também promete e não faz, como qualquer político brasileiro. Agora, por exemplo, encerrou a missão do diplomata Daniel Fried, enviado especial encarregado de fechar a prisão de Guantanamo.

O fechamento da base de Guantanamo estava prometido por Obama desde o início do primeiro mandato. Na época ele parecia indignado porque os EUA mantém uma prisão em Cuba onde os prisioneiros são trancafiados em gaiolas e seu julgamento não obedece ao devido processo legal.

Em seu segundo mandato, Obama não vê o fechamento da base de Guantanamo como uma “prioridade realística”.

Em editorial, no dia 25 de novembro do ano passado, o New York Times, disse que “Se o Sr. Obama fala sério sobre cumprir sua promessa de fechar a base de Guantanamo – e nós acreditamos nele – ele precisa se  envolver mais no assunto e estar disposto a gastar seu capital político nisso”.

Amanhã, vamos ter que entender se a presidente do Brasil disser que a modernização do sistema prisional brasileiro também não é uma “prioridade realística”. É verdade que aqui os prisioneiros são mantidos em gaiolas superlotadas. Mas também é verdade que seu julgamento obedece ao devido processo legal.

 

Posted on 29th janeiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Por que não o sistema pega-e-paga? Sem comanda para pagar a saida fica mais rápida

tragedia A tragédia mostra despreocupação de empresários da noite com a segurança. (Foto do Blog do Nemitz)

 

Não sou um especialista em clubes noturnos, longe disso.

Mas visitei vários com uma operação mais inteligente do que a do clube Kiss, de Santa Maria. Neles, você vai ao bar, pede uma bebida e paga na hora.

Se quiser quiser ir embora é só sair – não há comanda para acertar, nem corredor polonês em que só passa um para atravessar. Os seguranças só intervêm em caso de confusão.

Aqui, há gente indignada com o comentário do jornal  The Guardian sobre o estrago que a tragédia provoca na credibilidade nacional e o risco de haver  “investimentos inadequados em infraestrutura, particularmente antes da chegada de milhões de pessoas para os dois maiores eventos esportivos do mundo”.

Convém observar que as críticas não foram inventadas em Londres – vieram daqui mesmo. Igor Gielow escreveu na Folha de S.Paulo que foi triste e simbólico que a tragédia tenha ocorrido na mesma data em que o primeiro estádio renovado para a Copa do Mundo, o Castelão, realizou seu primeiro jogo após a reforma.

“O objetivo era inaugurar uma nova fase do entretenimento de massa no Brasil e vender a idéia de que nosso país tem capacidade organizacional para hospedar grandes eventos globais, mas a realidade mostrou sua face no Club Kiss”, comentou.

O Guardian citou também Reinaldo Azevedo que no site da Veja perguntou por que o Corpo de Bombeiros liberou um local de eventos com apenas uma saída. “Esta não é uma tragédia fabricada pelo destino. É o trabalho de uma cadeia de negligência”.

clube kiss Se não houvesse comanda para pagar, quantas vidas teriam sido poupadas?

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Posted on 28th janeiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Grande noite

Amilton Godoy e jGabriel Grossi Amilton Godoy e Gabriel Grossi e a nova leitura das Bachianas Brasileiras nº5.
reitoria
Que entusiasmou o público acostumado a grandes intérpretes.

 

Amilton Godoy diz que há uma idade em que falar do passado é obrigatório.

Não falou das saudades do Zimbo Trio.

Lembrou para o Teatro da Reitoria lotado a noite em que o Modern Jazz Quartet tocou no Teatro Municipal de São Paulo. Quarteto (Milt Jackson, John Lewis, Percy Heath e Connie Kay) e plateia em black tie.

Aquela noite paulistana foi inesquecível. Teve um grande momento com a versão deles para as Bachianas Brasileira, nº 5, de Heitor Villa-Lobos. Relidas e elegantemente suingadas. Click no link e ouça http://www.youtube.com/watch?v=6JhUfGet1ng

Ontem, Godoy e Gabriel Grossi mostraram sua releitura do mestre Villa. Também suingada e cheia de invenção. Olha ai http://www.youtube.com/watch?v=QinGsK_uXH4&playnext=1&list=PL0FB6196F2899C79B&feature=results_video.

Mas a noite de ontem também foi história porque o projeto Villa-Lobos, gravado por Godoy e Gabriel Grossi em 2011, chegou a Curitiba.

 

Posted on 24th janeiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet